Hoje fui pagar uma conta, almoçei num restaurante em Limeira e vi um senhor cego comendo o que me chamou a atenção. Depois vim embora, enquanto aguardava o ônibus estava ao meu lado um senhor na dele, que me fez pensar profundamente. Era um senhor negro bem vestido, sapatos pretos, daqueles senhores que não usam tênis.
Com sua bengala, exalava um cheirinho de fumo, cabeça quase tomada por cabelos brancos, e cantarola-va enquanto aguardava o ônibus também. Tão sussegado, em seu bolso dependurado estava um guarda chuva preto, por que sei que era novo? Porque estava com o saquinho e com a etiqueta dependurada, como se nunca fosse usado. Fiquei pensando o seguinte: Ele aparentava ter uns 80 anos, usa bengala e esta preocupado com o tempo, em não se molhar... E bem independente, pega o ônibus e vai até o "centro da cidade" comprar um guarda chuva... Quantas pessoas não são independentes como ele, não tiram a "bunda" da cadeira por nada.
Tenho muito medo de perder este olhar nas pessoas, este olhar que as vezes me ensina, a pressa também mata este olhar... E tem tanta coisa boa nas ruas, nas pessoas...
Pelo menos a lição de hoje eu aprendi: O tempo não é eterno, depende de pessoa pra pessoa, não o trate como se ele fosse infinito.
E pensar que muitos jovens não teram a idade dele, pois a drogra de vida que levam não deixará, vieram ao mundo apenas fazer volume.

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